Deixar ou não deixar um testamento? Listamos 3 motivos para fazer!
- gabrielakmoreira
- 3 de ago. de 2023
- 2 min de leitura
Começando pelo começo... Testamento é um documento em que se registra como a pessoa deseja que seja realizada a partilha de seus bens após sua morte.
É possível que a pessoa detentora do testamento (chamada de testador), deixe até 50% do seu patrimônio para quem desejar, se houverem os chamados herdeiros necessários. Pois, neste caso, os outros 50%, por lei, devem ser destinados aos antes referidos, para melhor entendimento, seguem exemplos dos chamados herdeiros necessários:
· Marido, esposa ou companheiro (a)
· Descendentes (filhos, netos, bisnetos etc.)
· Ascendentes (pais, avós, bisavós etc.)
De acordo com a Lei, estes só poderão ser excluídos do testamento em casos excepcionais, como em crimes que os tornem “herdeiros indignos”. Irmãos, tios, sobrinhos, e outros familiares ou outras pessoas, costumam ser chamados de “herdeiros facultativos” e podem acabar ficando com parte da herança em alguns casos.
Sem que haja um testamento escrito, após o falecimento, todo o patrimônio da pessoa será dividido conforme os critérios legais. Neste caso, para a divisão dos bens pós morte ocorrerá o chamado processo de inventário, que corresponde ao levantamento completo de dívidas em primeiro lugar (se houverem), bens e outros direitos deixados pelo falecido. De acordo com nossa legislação, o inventário é obrigatório e pode ser feito tanto de maneira judicial como ou na chamada via extrajudicial, através do tabelionato de notas.
Saiba mais sobre o inventário neste post: https://www.gabrielaklein.com.br/post/consequ%C3%AAncias-jur%C3%ADdicas-da-perda-de-um-ente-querido
Com base no contexto apresentado, quais as vantagens de fazer um testamento em vida?
Confira abaixo 3 das principais vantagens de fazer testamento:
1. Reduzir a possibilidade de discussões sobre a herança
Essa vantagem, por si só, pode ser considerada como motivo suficiente para fazer testamento.
Imagine como é ruim imaginar que após sua partida, a família acabe entrando em brigas em razão de pontos de vista e entendimentos diferentes sobre a forma que seu patrimônio pós seu falecimento deve ser dividido e gerido.
Para desestimular que ocorram futuras discussões (que muito provavelmente acabarão na via judicial, se arrastando por anos), é possível estabelecer disposições no testamento sobre como o dono dos bens gostaria que estes fossem divididos, evitando assim que duplas interpretações surjam e disso decorram conflitos.
2. Indicar beneficiário diferente dos herdeiros estabelecidos na lei
Na ausência de testamento, a herança será partilhada somente entre os herdeiros necessários.
No entanto, por meio do testamento é possível determinar que parte do seu patrimônio seja direcionada para pessoas que não são consideradas pela lei como herdeiros e limitar, inclusive, a proporção do patrimônio ou os bens que serão destinados aos chamados herdeiros necessários.
Ressaltando novamente que 50% do patrimônio deverá ser obrigatoriamente atribuído aos herdeiros necessários, mas há a possibilidade de determinar da forma que melhor achar conveniente como será a partilha do restante do seu patrimônio.
3. O testamento é barato
Outro motivo para fazer um testamento é o custo baixo, especialmente quando comparado com honorários de advogado para realizar um inventário judicial litigioso, que leva anos para ser concluído.
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